A instituição musical da vila de Pevidém concedeu o estatuto de sócio honorário a 22 pessoas (14 a título póstumo), nas quais se incluíram músicos que atingiram os 50 anos ao serviço da banda, o pároco de S. Jorge de Selho e o presidente da Câmara Municipal, Domingos Bragança, e o de sócio benemérito a mais duas (uma a título póstumo), em Assembleia-Geral Extraordinária decorrida na noite de quarta-feira.

A Sociedade Musical de Pevidém (SMP) homenageou um grupo de pessoas que, ao longo dos 122 anos de vida da instituição, contribuíram para o seu desenvolvimento, incluindo músicos e dirigentes que serviram a SMP ao longo de décadas, pessoas que financiaram regularmente a sua atividade, bem como o pároco de Selho S. Jorge, Serafim Ferreira, e o presidente da Câmara, Domingos Bragança, perante um auditório repleto, com pouco mais de 100 pessoas, que aprovaram por unanimidade todas as pessoas indicadas.
A direção da instituição atribuiu o estatuto de sócio honorário “pelo mérito pessoal, artístico, científico ou social”, em conformidade com os estatutos da SMP, e incluiu na lista três músicos ainda vivos, que atingiram, pelo menos 50 anos, ao serviço da banda, um antigo músico e secretário da direção e ainda 13 músicos a título póstumo, com, pelo menos, 50 anos na Banda Musical, incluindo um da formação original de 1894, Domingos da Costa Fernandes, bem como um antigo diretor, também já falecido.
O vice-presidente da SMP, Ricardo Lemos, explicou ainda que a direção decidiu atribuir este título ao padre Serafim Ferreira, por ter sempre colaborado com “espírito de ajuda” ao longo dos últimos 42 anos, ao atual presidente, Albano Abreu Coelho Lima, por ter sempre “ajudado a segurar a instituição”, e ao edil vimaranense, pela “coragem” em atribuir a academia, inaugurada em outubro de 2016, que vai possibilitar à instituição “mudar o seu paradigma” doravante.
Diretor da Sociedade Musical há 17 anos, Ricardo Lemos esclareceu ainda que a homenagem permitiu “repor a verdade” acerca de quem foi relevante para a instituição centenária.
Após a cerimónia, que abriu com um ensemble de trompetes e um duo de flautas dos alunos da Academia da SMP, sediada na antiga escola básica, e encerrou com a interpretação do Hino de Guimarães, Domingos Bragança agradeceu o reconhecimento e enalteceu o “contributo” da entidade para “cultura” de Guimarães, quer em termos “artísticos”, quer de “formação”.
“Sinto-me feliz por esta distinção de sócio honorário, mas o que quero é retribuir à Sociedade Musical o contributo decisivo de tanta gente que, nestes 122 anos, tem feito a história de uma referência não a nível concelhio, mas a nível nacional”, afirmou.
